A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades do setor leiteiro apresentaram à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, uma série de propostas para melhoria da cadeia produtiva.
Entre as solicitações, apresentadas em reunião da Câmara Setorial da pasta, estão equilíbrio entre oferta e demanda de lácteos, redução dos custos de produção e regulamentação das normas para importação de leite do Mercosul.
“Pedimos uma suspensão temporária das importações e uma negociação entre os países para chegarmos a um acordo de cotas. Precisamos reduzir as importações porque estão provocando desequilíbrio na oferta e demanda e derrubando os preços dos lácteos no Brasil”, afirmou o presidente da Câmara Setorial de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura e da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi.
Outra reivindicação foi a redução a zero das alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins dos insumos utilizados na ração e nos suplementos minerais de bovinos. As entidades também pediram menos burocracia na tomada do crédito e a prorrogação do pagamento dos financiamentos destinados à produção de leite, além de apoio ao projeto de lei 952/2019, referente ao combate a importação desleal de leite.
“A ministra ficou sensível e afirmou que irá fazer todos os esforços para ajudar a minimizar essas questões, e colocou como prioridade para a equipe dela conversar com a Câmara Setorial e a CNA a respeito”, afirmou Volpi.
A suspensão da cobrança do Adicional de Frente para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) de insumos utilizados na ração animal, bem como de fertilizantes e a ampliação das compras governamentais de produtos lácteos, também estão entre as sugestões apresentadas à ministra.
O setor produtivo ainda solicitou a avaliação da biossegurança de milhos OGM exportados pelos Estados Unidos para alimentação animal em caráter de urgência pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e a redução a zero da Tarifa Externa Comum (TEC) de máquinas e equipamentos utilizados na atividade leiteira.
Fonte: Sindileite-Goiás